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sábado, 16 de abril de 2011

Simplesmente Dor.

"Você olha para a frente de novo. Vê o quanto você já poderia ter avançado, mas está estagnada no mesmo infortúnio lugar. Depois, você olha para trás, e vê o quanto você não avançou.

E o quanto isso dói.

E dói ainda mais porque você não tem forças para administrar toda essa dor. Você nunca foi muito boa dessas coisas de sentimentos, não é? Nunca aprendeu a expressar o que sente... nunca aprendeu a chorar, apenas a segurar o choro na garganta até que as mágoas aglomeradas em seu coração transborde e uma lágrima ou outra caia.

Note: se te virem chorando, é porque realmente você está muito destruída.

E então a sua visão te dá algo a ver que seu coração simplesmente não pode suportar. Seus ouvidos também. No final, você mesma está fazendo sofrer. E por que tudo isso? Você já não tinha se acostumado com o fato e não ter?

Mas tudo vira tão diferente quando a esperança - tão pouca esperança - é retirada tão cruelmente de uma vez só; é tudo tão diferente quando uma das coisas que mais te faz sofrer é o sofrimento de outra pessoa.

Note outra coisa: você é um ser totalmente estranho, que consegue ser egoísta e autrísta no mesmo momento.

Talvez, o que mais dói, no meio de tudo isso, seja a indiferença e a insensibilidade de quase todos que a rodeiam. Será que as pessoas que se dizem que te conhecem melhor do que ninguem não sejam capaz de ver o quanto você esta sofrendo? Ou será que você está exercendo corretamente o seu papel de boa menina?

O mundo é cruel. E a minha alma está se desintegrando através de cada maldade.

Eu preciso de um colo, eu preciso de um abraço; só isso, não peço mais nada.

Por favor, me salve."

Reflexões de uma dor prolongada. Agosto de 2010

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A verdade por trás de tudo.

"O seu coração dói, espelho de um fruto de mágoas e inglórias que você mesma criou. E você é covarde demais para se culpar – e cobrar – pelos seus próprios erros.

Seus defeitos, incontáveis defeitos, são tão sobrepostos que você nem pode disfarçá-los. Você é a pessoa mais defeituosa que já conheci... Tão indigna de qualquer tipo de carinho e atenção.

E você tem consciência que a maioria das pessoas que entram na sua vida é simplesmente por interesse... elas entram por interessem, e você tenta que elas fiquem o máximo possível, e depois se afastam, como nem tivessem te conhecido. Um círculo viciante decorado com o sangue que lateja pela dor de meu coração.

Você tem poucas qualidades, criança, tão poucas que é tão fácil enumerá-las... E, além de todos os seus defeitos, o pior é que você machuca as pessoas; destroça o coração delas, mesmo sem querer, fazendo virar um papel amassado que nunca será como antes.

Tola, idiota, e odiável, algumas palavras que me definem perfeitamente.

Por favor, eu sou uma péssima pessoa para se amar. Sério, pelo seu bem, não se apaixone por mim, porque eu sei que vou te machucar, e, se por ventura isso acontecer – mesmo contabilizado todos os meus defeitos – me desculpa, de verdade.

Eu também juro que, se eu me apaixonar por alguém, dessa vez eu ficarei bem calada para que eu não sofra ninguém também.

Mas, por favor, não me iluda.

E desculpem por tudo o que eu fiz – e sou – de errado.  Esse desabafo, escrito em linhas tortas de uma tortuosa verdade em que eu não sou digna de qualquer sentimento puro e concreto. Mereço, talvez, envelhecer sozinha com nove gatos pretos a me fazer companhia. Até porque, assim, não machuco ninguém.

E eu não tenho tanto importância assim, também...

Não sei quem vai ler isso, não sei nem o que vão achar sobre tudo isso.  Não sei nem se você vai entender a importância que todo esse desabafo tem. Sinceramente? Isso é o de menos... só estou tentando achar um jeito de machucar um pouco menos as pessoas à minha volta... nem que para isso eu precise me machucar de um jeito inexplicável.

Porque eu mereço isso."

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Respeito de Falsas Expectativas

"Toma fôlego. É o momento que você mais precisa.

As paredes se fecham em torno de você não dando a mínima para as suas lágrimas que vertem lentamente

Você perdeu. Novamente. E sabe disso a partir do momento em que você decidiu tentar.

Tão tola...

E as paredes se fecham cada vez mais.

Você sabe que jamais dará certo, não é? É impossível que dê, algum dia, seja com quem for, apenas porque é assim que foi escrito. Não importa quantas falsas expectativas você criou, o quanto você sonhou, o quanto você desejou... quem disse que você pode decidir alguma coisa?

Pois é, não pode.

E você percebe que as paredes vão se aproximando quando a imagem não sai de sua cabeça... como se ele estivesse ali, ao seu lado. Você percebe que está tudo acabando quando ouve a voz em seu ouvido.

E então você fecha os olhos um pouco antes das paredes pararem, trancando você em um pequeno cubículo. Você não se importa tanto com as lágrimas. Você aprendeu que as lágrimas são as únicas que não a abandonam.

O toque, o cheiro, a voz, o olhar, o sorriso... tudo fica mais uma vez na sua cabeça, torturando você porque, afinal, você poderia ter evitado tudo isso.

Mas, teimosa, você achou que ia ser tudo diferente. Com ele.

No fim, sozinha, no pequeno cubículo, você vê o quão idiota você é. É sempre a mesma história, com o mesmo final.

E você terá sorte se este final, milagrosamente, mudar. E por que não agora? Ainda há chances, não há?

Talvez se você conseguir destruir essas paredes que você mesma criou para sua auto-proteção, e você guardar essas doces lembranças pode ser que ainda aconteça; mas será que ele vai estar lá quando você conseguir isso?

Será que você terá mais lágrimas para derramar?

Será que você ainda terá forças para prosseguir?

A única certeza é que seu coração sangra, seja por saber que você criou essas falsas expectarivas, seja porque você não tem forças para quebrar essas paredes e falar o que realmente sente, ou seja porque você sabe que nada acontecerá.

E isso machuca, muito. A pior dor que existe.

Respira fundo. Grite, se tiver coragem. Amanhã será mais um dia. E você põe novamente o sorriso no lábio para enfrentar tudo novamente, por mais um dia, fingindo que nada está acontecendo.

E você o vê. Seu coração começa a bater mais forte, seu sorriso a se alargar, seu pensamento a clarear, suas pernas a tremer.

Você não aprendeu absolutamente nada sobre falsas expectativas, aprendeu?

Pelo visto não já que você o deseja ao seu lado mesmo sabendo que o que você deseja não importa.

E você tem certeza que o sorriso, a voz, o toque dele vale a pena. Por toda a dor no mundo."

Texto escrito em uma tarde chuvosa, num momento amplo de inspiração. Março, 2010