sexta-feira, 22 de abril de 2011

Desisto.

Esses dias mesmo, em meu quarto escuro, em mais uma de minhas guerras psicológicas incessantes, descobri o que há muito lutava que fosse mentira. Faz muito tempo que lido com o fato de não ser perfeita, mas agora isso vem muito mais forte e terrivelmente cruel.

Não sei se devo a isso o meu fracasso em exatas há pouco descoberto, ou ainda com a minha fraca mente para informações importantes. Meu nervosismo chega em meu coração e me leva a pensamente infelizes, mas certos. Talvez seja um desses motivos que eu não goste de ficar em casa com o tempo ocioso: cada um desses minutos que passam lentamente são turbilhões de pensamentos desagradáveis frutos de uma mente fraca.

A minha mente fraca.

Chego até a ter medo desses pensamentos. Quer dizer, não medo dos pensamentos em si, até porque os conheço há anos, e sim medo de não conseguir agüentá-los, de ser fraca demais para conseguir administrá-los.

E não falta muito, confesso a mim mesma no silêncio da calada da noite. Estou fraca, procurando um motivo justificável para simplesmente desistir. Desistir da vida? Talvez. Estou nitidamente cansada de tentar, de me esforçar para chegar a lugar algum. Dar tão duro e não ter nada em troca.

Sabe aquele momento em que viver se torna um fardo tão grande que qualquer meio para se livrar disso é aceitável?

O sorriso que tento ostentar mesmo com a dor que sinto em meu peito se torna extremamente doloroso. Por que mentir? Pergunto a mim mesma quando meu coração silencia. Por quê?

Silêncio.

Por que tudo não é mais fácil para mim? Sinceramente, invejo as pessoas que são fortes. Aquelas que tem coragem de falhar, de recomeçar. Aquelas que não mentem sorrisos todos os dias simplesmente para tentar esquecer um pouco da dor que queima no peito – mas não se esquece da dor.

Tudo está mudando tanto! E odeio mudanças, só quero correr pela porta fugindo de tudo isso!
Não adianta pedir mais para que alguém me salve, nem para que toda essa dor passe. Já pedi incontáveis vezes, e todas elas foram ignoradas. Agora simplesmente sentarei esperando a minha ruína, ver a minha vida ser destruída lentamente na minha frente.

Não é exagero, eu apenas desisti de lutar por algo que nunca vem. Desisti de lutar sem objetivo. Desisti até de viver sem um foco.

sábado, 16 de abril de 2011

Simplesmente Dor.

"Você olha para a frente de novo. Vê o quanto você já poderia ter avançado, mas está estagnada no mesmo infortúnio lugar. Depois, você olha para trás, e vê o quanto você não avançou.

E o quanto isso dói.

E dói ainda mais porque você não tem forças para administrar toda essa dor. Você nunca foi muito boa dessas coisas de sentimentos, não é? Nunca aprendeu a expressar o que sente... nunca aprendeu a chorar, apenas a segurar o choro na garganta até que as mágoas aglomeradas em seu coração transborde e uma lágrima ou outra caia.

Note: se te virem chorando, é porque realmente você está muito destruída.

E então a sua visão te dá algo a ver que seu coração simplesmente não pode suportar. Seus ouvidos também. No final, você mesma está fazendo sofrer. E por que tudo isso? Você já não tinha se acostumado com o fato e não ter?

Mas tudo vira tão diferente quando a esperança - tão pouca esperança - é retirada tão cruelmente de uma vez só; é tudo tão diferente quando uma das coisas que mais te faz sofrer é o sofrimento de outra pessoa.

Note outra coisa: você é um ser totalmente estranho, que consegue ser egoísta e autrísta no mesmo momento.

Talvez, o que mais dói, no meio de tudo isso, seja a indiferença e a insensibilidade de quase todos que a rodeiam. Será que as pessoas que se dizem que te conhecem melhor do que ninguem não sejam capaz de ver o quanto você esta sofrendo? Ou será que você está exercendo corretamente o seu papel de boa menina?

O mundo é cruel. E a minha alma está se desintegrando através de cada maldade.

Eu preciso de um colo, eu preciso de um abraço; só isso, não peço mais nada.

Por favor, me salve."

Reflexões de uma dor prolongada. Agosto de 2010

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fuja, cruel amante

"A dor dilacerante
de um sorriso contido.
Fuja, cruel amante,
teu coração, simples cativo.


Corto uma veia
fria e estranha.
Sinto o vento cortante
e a dor me devora.


O sangue jorra
vermelho e quente
Aos poucos morro
por uma esperança sem fim.


Fuja, cruel amante, 
sorria da maldade
E mostre através de seus lábios,
a cruel realidade.


Seja cruel,
seja forte.
Morra aos poucos
sorria sem sinceridade.


Negros, teus olhos
A cor vermelha substituiu.
Quantas lágrimas no escuro,
de que você já desistiu?


Meia-noite, mostra o relógio
Fuja, cruel amante
Seja cruel, seja forte
corra, cruel amante.


Nos sonhos a salvação
anjos e suas sinfonias.
Quanto tempo para enfim
chegar esse dia?


Enquanto isso espero
inocentemente a morte,
somando os erros,
e desejando sorte.


O sangue escorre,
a dor passa
e enfim você enxerga
o quão frio tudo é.


Apenas fuja, cruel amante."

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A verdade por trás de tudo.

"O seu coração dói, espelho de um fruto de mágoas e inglórias que você mesma criou. E você é covarde demais para se culpar – e cobrar – pelos seus próprios erros.

Seus defeitos, incontáveis defeitos, são tão sobrepostos que você nem pode disfarçá-los. Você é a pessoa mais defeituosa que já conheci... Tão indigna de qualquer tipo de carinho e atenção.

E você tem consciência que a maioria das pessoas que entram na sua vida é simplesmente por interesse... elas entram por interessem, e você tenta que elas fiquem o máximo possível, e depois se afastam, como nem tivessem te conhecido. Um círculo viciante decorado com o sangue que lateja pela dor de meu coração.

Você tem poucas qualidades, criança, tão poucas que é tão fácil enumerá-las... E, além de todos os seus defeitos, o pior é que você machuca as pessoas; destroça o coração delas, mesmo sem querer, fazendo virar um papel amassado que nunca será como antes.

Tola, idiota, e odiável, algumas palavras que me definem perfeitamente.

Por favor, eu sou uma péssima pessoa para se amar. Sério, pelo seu bem, não se apaixone por mim, porque eu sei que vou te machucar, e, se por ventura isso acontecer – mesmo contabilizado todos os meus defeitos – me desculpa, de verdade.

Eu também juro que, se eu me apaixonar por alguém, dessa vez eu ficarei bem calada para que eu não sofra ninguém também.

Mas, por favor, não me iluda.

E desculpem por tudo o que eu fiz – e sou – de errado.  Esse desabafo, escrito em linhas tortas de uma tortuosa verdade em que eu não sou digna de qualquer sentimento puro e concreto. Mereço, talvez, envelhecer sozinha com nove gatos pretos a me fazer companhia. Até porque, assim, não machuco ninguém.

E eu não tenho tanto importância assim, também...

Não sei quem vai ler isso, não sei nem o que vão achar sobre tudo isso.  Não sei nem se você vai entender a importância que todo esse desabafo tem. Sinceramente? Isso é o de menos... só estou tentando achar um jeito de machucar um pouco menos as pessoas à minha volta... nem que para isso eu precise me machucar de um jeito inexplicável.

Porque eu mereço isso."